No imaginário político e econômico brasileiro, persiste uma narrativa tão repetida quanto poderosa: a de que “o Estado está sem dinheiro”.
Essa frase, usada para justificar cortes em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, tornou-se um mantra da chamada austeridade fiscal — uma política baseada na contenção de gastos públicos sob a promessa de equilíbrio das contas e retomada da confiança dos mercados.
No entanto, essa narrativa frequentemente ignora as complexas engrenagens que movem as finanças públicas no Brasil: a existência de superávits primários, a elevada carga tributária regressiva, os privilégios mantidos para setores rentistas e o papel ativo doEestado na promoção de desenvolvimento social.
Assim, a ideia de que o Estado é uma entidade quebrada, impotente e de mãos atadas, mais se assemelha a uma lenda moderna — funcional para interesses específicos, mas distante da realidade fiscal e política de um país com altacapacidade de arrecadação e forte dependência da ação pública para reduzir desigualdades estruturais.
E para trocar uma ideia com a gente sobre a lenda do Estado sem dinheiro, o Papo no Auge! conversa com o Professor Doutor Gilberto Maringoni, docente de relações internacionais e membro do Programa de Pós-graduação em Ciências Humanas e Sociais da UFABC.
Para entender do assunto, ouça o episódio 228 do podcast Papo no Auge!
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