Qual a diferença entre grupo e equipe? O que fazer para aumentar a performance da equipe de trabalho? É possível motivar os indivíduos para atingir os objetivos pretendidos pelas organizações? Esse assunto é abordado no livro ACADEMIA DA LIDERANÇA, do consultor Fernando Jucá, e vai ajudar você a entender como funciona uma equipe de alto rendimento.
A liderança e a performance de equipes se tornaram alguns dos assuntos mais solicitados para treinamento em empresas, e isso não é ao acaso, uma vez que profissionais estão inseridos em diversos agrupamentos humanos – conselhos administrativos, grupos de pesquisa, comitês de qualidade, etc.
Parte-se então do principío de que equipes, ao contrário dos grupos, são formadas por indivíduos que, continuamente e interdependente, dividem objetivos comuns e devem coordenar esforços para alcançar esses objetivos, amparadas por uma sinergia positiva, ou seja, a soma é maior do que as partes. O que se observa nos grupos é justamente o oposto: a sinergia negativa – quando há uma diluição da responsabilidade.
Sendo assim, duas perguntas são aqui demasiado importantes: 1) equipes são sempre mais eficazes que profissionais atuando individualmente? 2) toda equipe é igualmente eficaz ou há aquelas que se sobressaem – alta performance?
Com relação à primeira pergunta, de fato, sempre que a situação envolve cenários complexos, a posse de informações importantes está espraiada entre as pessoas, sendo, portanto, fundamental o engajamento delas para atingir as metas organizacionais. Logo, o trabalho em equipe se torna mais eficaz que o trabalho solitário.
No tocante à segunda pergunta, é patente a existência de equipes de alto rendimento, sua criação deve ser estimulada quando se almeja a eficiência corporativa e o papel do líder organizacional é indispensável para garantir elevado desempenho.
A propósito, a atuação da liderança enseja questões estruturais na formação de equipes de trabalho: definição correta do número e do perfil de seus componentes, garantir que a equipe tenha os recursos necessários para desempenhar o trabalho e acesso a informações estratégicas.
Sendo assim, no grupo, o líder deve zelar pelo aperfeiçoamento de cinco características, as quais definem as equipes de alta performance. Problemas de equipe tendem a se concentrar em um ou mais desses cinco fatores:
1) Objetivos envolventes e claros para todos, relacionados ao propósito e aos valores da organização;
2) Um clima de colaboração, por meio de um processo de comunicação eficiente e de relações de confiança e reciprocidade, que permitam trocas intensas, frequentes e benéficas para o grupo;
3) Um padrão de excelência compartilhado, que impele todos a darem o máximo em favor da equipe;
4) Foco em resultados, mediante um constante monitoramento do avançar da equipe na direção dos objetivos estabelecidos;
5) Responsabilidade e cobrança mútuas.
Cabe, portanto, ao líder atuar como um verdadeiro guardião da cultura da alta performance, monitorando inclusive o processo pelo qual a equipe trabalha. Indo além: o líder sabe encorajar o conflito (que faz parte do processo de trabalho) em torno de percepções e recomendações que lidam com um obetivo claro e envolvente. Logo, confiança é um dos alicerces das equipes: é ela que permite interpretar uma eventual discordância não como algo pessoal, mas como uma imprescindível troca de ideias.
Grande abraço e sucesso!