COMO EU APRENDO?
Essa pergunta dá a tônica do nosso post de hoje.
A forma como a pessoa aprende é um dos aspectos influenciadores do desempenho profissional. Muitos redatores excepcionais – Winston Churchill, político britânico, por exemplo – tiveram baixo desempenho escolar. Para eles, foi uma época de tortura.
Em geral, bons redatores não aprendem ouvindo ou lendo, mas escrevendo. O problema é que as escolas, muitas vezes, não permitem que eles aprendam dessa forma, por isso o desempenho não é dos melhores.
Boa parte das escolas, ainda, são estruturadas a partir do pressuposto de que existe apenas uma forma certa de ensino e que ela deve ser a mesma para todos. No entanto, quem aprende de um jeito diferente vive um verdadeiro suplício ao ser obrigado a se adaptar. E os modos de aprender são variados.
Assim como Churchill, algumas pessoas aprendem escrevendo. Outras, tomando extensas notas – caso de Beethoven, que deixou uma extensa quantidade de cadernos de rascunho. Quando lhe perguntavam por que guardava os cadernos, sua resposta se resumia ao fato de que se não tomasse nota, esqueceria do conteúdo. Portanto, algumas pessoas aprendem fazendo; outras, ouvindo a si mesmas repetir informações em voz alta.
Fato é que, de todos os aspectos importantes do autoconhecimento, entender como se aprende é o mais fácil de descobrir. Quando perguntadas sobre como aprendem, a maioria das pessoas sabe a resposta. Porém, quando perguntadas se agem de acordo com esse conhecimento, poucos indivíduos respondem positivamente.
No entanto, agir de acordo com esse conhecimento é fundamental para o desempenho. Melhor: não agir de acordo condena o profissional a um desempenho mediano.
As primeiras perguntas que você deve se fazer são: “sou leitor ou ouvinte?” e “como eu aprendo?”, mas certamente não são as únicas.
Para gerenciar a si mesmo com eficiência você também precisa se perguntar: “eu trabalho bem em equipe ou prefiro atuar sozinho?” Se trabalha bem com pessoas, pergunte-se: “em que tipo de relação?”
Algumas pessoas trabalham melhor como parte de uma equipe; outras trabalham melhor sozinhas. Algumas são excepcionalmente talentosas como conselheiras e mentoras; outras, simplesmente ineptas nessas funções.
Outra pergunta crucial é: “produzo resultados como tomador de decisões ou como mentor?” Muitas pessoas atuam melhor como conselheiras, mas não conseguem suportar o fardo e a pressão da tomada de decisões. Por outro viés, várias outras precisam de um mentor que as obrigue a pensar. Só então são capazes de tomar decisões e agir com rapidez, autoconfiança e coragem.
Importante também é saber se você trabalha bem sob pressão ou precisa de um ambiente altamente estruturado e previsível; se trabalha melhor em uma grande organização ou em uma menor. Poucas pessoas são capazes de ter um bom desempenho em qualquer ambiente para o qual sejam designadas. É comum que pessoas vitoriosas em grandes organizações tenham seu rendimento comprometido ao se mudarem para empresas menores. E vice-versa.
A partir do que foi explanado aqui, uma coisa é salutar: não tente mudar quem você é – provavelmente não será bem-sucedido. Por outro lado, trabalhe com afinco para aprimorar a forma como desenvolve seu trabalho e procure não assumir uma função que não consiga executar ou que executará de maneira precária. Seu foco precisa se concentrar naquilo que você tem de melhor a oferecer. Para isso, o Coaching é uma metodologia eficiente, que fornece o aparato necessário para que você potencialize seus talentos.
Sucesso a todos.
Saulo Novaes