Sendo você empresário ou gestor de equipes, é possível precisar quais são as reais motivações, bem como os padrões comportamentais trazidos pelas pessoas em seu ambiente de trabalho? É possível prever como essas mesmas pessoas se comportarão no futuro, em determinadas situações? Ou ainda, o gestor é capaz de mudar/controlar comportamentos visando ao maior desempenho organizacional?
Essas questões foram levantadas pelos Professores Paul Hersey e Kenneth Blanchard em seu livro PSICOLOGIA PARA ADMINISTRADORES: A TEORIA E AS TÉCNICAS DA LIDERANÇA SITUACIONAL. Nele, os autores, admitindo o fato de que o desenvolvimento de habilidades humanas é importante, questionam que tipo de especialização os gestores e líderes necessitam para ter uma influência eficaz sobre o comportamento dos colaboradores.
Sendo assim, os teóricos elencaram três níveis de especialização:
ENTENDER O PASSADO: as lideranças corporativas precisam entender por que as pessoas se comportam dessa ou daquela maneira. Para Hersey e Blanchard, para realizar certos objetivos organizacionais através de outras pessoas, é preciso saber o motivo pelo qual os seres humanos assumem comportamentos que lhes são característicos. Dito assim, a primeira tarefa dos gestores será conhecer o comportamento passado dos seus colaboradores.
PREVER O FUTURO: a compreensão do comportamento passado, embora fundamental, não basta para desenvolver a habilidade humana. Mais importante ainda é poder prever como se comportarão hoje, amanhã, na próxima semana e no próximo mês, em condições semelhantes ou distintas. Ou seja, o segundo nível de especialização necessário aos gestores no trato com pessoas é a capacidade das lideranças em prever o comportamento futuro.
MUDAR O FUTURO: para uma liderança eficaz, não bastam apenas compreender e prever o comportamento. É preciso desenvolver habilidades que permitam dirigir, modificar e controlar comportamentos, sem necessariamente, cair no campo semântico do pejorativo ao utilizar termos como manipulação e controle. Um gestor deve se preocupar com as pessoas pelas quais é responsável, sua coesão, seu empenho e o tipo de relacionamento a ser mantido, pois, preocupando-se com o que os colaboradores fazem ou deixam de fazer, as lideranças estão preocupadas, portanto, em controlar comportamentos. Ratificando: quem aceita o papel de gestor/líder está assumindo a responsabilidade de influenciar o comportamento de outras pessoas.
E é nessa mudança de padrões comportamentais que o processo de Coaching tem também sua importância. Ao verificar gargalos comportamentais que impedem a busca por objetivos, o Coach (treinador) atua como facilitador do processo de aprendizagem humana, seja ajudando os gestores no aumento de sua performance como liderança, seja auxiliando os colaboradores no alinhamento entre suas metas pessoais e as da organização.