O mundo está em transformação, permeado por mudanças cada vez mais velozes e pautado pelo uso pujante da tecnologia. Dito assim, indivíduos e organizações precisam antecipar o futuro se quiserem construir uma trajetória de prosperidade. Tomar como aprendizado experiências frustrantes do passado e projetar um horizonte promissor, embora incerto, são atitudes louváveis em um contexto de pessoas e instituições mais conectadas, mais exigentes e mais informadas.
Fato é que pessoas e organizações vivenciam hoje uma mudança de postura.
Se as instituições de outrora eram formais, com definição estática de papéis e regras de comando, atualmente elas precisam ser dinâmicas, adaptáveis e manter o foco em suas capacidades.
No tocante às pessoas, estas terão que ser flexíveis, comprometidas com a aprendizagem constante, sem fronteiras, capazes de se juntar e trabalhar em equipe. Ou seja: os trabalhadores terão essencialmente que se considerar como uma empresa de um só funcionário.
Além das capacidades citadas acima, os indivíduos devem levar em consideração importantes fatores para o seu desenvolvimento e consequente sucesso da organização, como:
Autoconfiança: como assumo a responsabilidade pela minha carreira?
A carreira profissional deve ser encarada como responsabilidade de cada indivíduo. Aquela carreira do passado em que as pessoas passavam longos anos na empresa, praticamente com a certeza de sair aposentado, não mais existirá nas atuais condições do mercado de trabalho. Logo, é fundamental que, em função do crescimento das exigências de qualificação dos indivíduos para as organizações, as pessoas tenham o comprometimento necessário para que possam estar sempre em busca de novas competências. Citando o renomado professor Dave Ulrich: “Cada indivíduo tem a responsabilidade principal pela forma como a carreira se apresenta e como o indivíduo quer interagir com a organização. Isso significa entender claramente as habilidades que você traz para a organização, como quer que essas habilidades sejam usadas e como quer ser tratado pela organização”.
Resiliência: qual o ciclo de vida do meu conhecimento? Como eu me mantenho atualizado?
Neste caso, resiliência tem a ver com a capacidade individual de gerar resultados, muitos dos quais advindos de insucessos ao longo da jornada laboral. Para Ulrich, funcionários resilientes são aqueles que acompanham as inovações, estão ligados a uma rede profissional em estágio de carreira e dispostos a abandonar as ideias velhas à medida que se tornam obsoletas. Ou seja, aprendem com seus fracassos e sucessos, buscando assim novos desafios.
Resultados: quem são os beneficiários do meu trabalho e qual valor eu acrescento a eles?
As necessidades e desejos pessoais mudam constantemente, logo as respostas a essas demandas também mudam. Os funcionários precisam trabalhar de tal modo que se tornem indispensáveis para as organizações, ou seja, sempre criando valor naquilo que fazem para obter resultados superiores. Uma vez definido o valor por quem recebe e não por quem o cria, o início para gerar resultados é identificar quem são os beneficiários da sua força de trabalho, diria Ulrich.
Relacionamentos: quem se importa comigo e com quem me importo?
A velocidade das informações e mudanças tem sido cada vez maior, trazendo impactos negativos quando o assunto é relacionamento das pessoas dentro ou fora das organizações. Cultivar relacionamentos contribui para que as pessoas consigam atingir os objetivos pretendidos. Portanto, valorizar o outro, bem como o respeito às diferenças, asseguram valor pessoal, estreitam relações de trabalho e geram o network necessário para futuras projeções profissionais.
Determinação: o que eu quero fazer e qual a minha identidade?
A determinação faz parte das pessoas que almejam vencer no campo profissional. Ter objetivos e trabalhar para que os mesmos sejam atingidos faz parte da agenda, além da manutenção do foco nos resultados planejados. Determinação resulta, portanto, dos valores e das declarações de missão que o indivíduo audita a si.
A partir da enumeração feita acima, o que fica patente aos olhos é o fato de que as pessoas devem estar em contínuo aprendizado, haja vista estarmos em uma era marcada pela gigantesca onda de informação, e se autoconhecerem para que a jornada profissional faça maior sentido ao indivíduo. Nesse processo, o COACHING faz uma diferença gritante.
Grande abraço e sucesso!