Vamos ser práticos e objetivos; ir direto ao “ponto G”: o trabalho é hoje, para os trabalhadores de conhecimento, melhor do que fazer sexo? Dissertem.
Para as autoras Helen Trinca e Catherine Fox, em texto intitulado Better Than Sex: How a Whole Generation Got Hooked on Word (Melhor do que sexo: como uma geração inteira ficou viciada em trabalho) e publicado pela escritora e blogger Samantha Brett em seu blog (www.smh.com.au/asksam), a paixão pelo trabalho acaba com a paixão pelo outro.
Seguindo essa linha workaholicana, o trabalho se expandiu para bem mais além das quatro paredes dos escritórios. Ele é realizado enquanto se está na fila do supermercado, no banco, na academia, no barzinho com amigos e, pasmem, na cama, ao lado de seu parceiro de alcova.
Essa síndrome da escravidão do trabalho diminui, de fato, as horas passadas junto ao cônjuge e estreita, por tabela, o tempo dispensado para atividades sociais. As pessoas ficam mais tempo acorrentadas em suas cadeiras corporativas e esquecem de “gozar” a vida.
Só para citar um exemplo bem elucidativo: os australianos trabalham horas a fio em prol de seu conforto. O Australian Bureau of Statistics relata que o número de pessoas que trabalham mais de 60 horas por semana na Austrália ultrapassou a marca dos 81%, o que torna o país dos cangurus o lugar onde mais se trabalha dentre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), barrando inclusive os norte-americanos.
Afirmações do tipo “existe essa enorme crença de que você vai obter mais do trabalho do que de outras áreas vitais” ou “o trabalho assume o lugar de outros relacionamentos; é estressante, mas relacionamentos pessoais podem ser até piores” são muito recorrentes dentre os workaholics.
No entanto (ainda bem), surge a legião dionisíaca -a turma do prazer, ou, pelo menos, do equilíbrio: a geração Y. Para estes, ambição e vida social equilibrada andam lado a lado. Depois de muito trabalharem, eles querem uma folga bem merecida e uma noite de prazer bem demorada.
Sucesso a todos e equilibrío na vida.